dvyniai
kiekviena ateinanti banga
vis stipriau kojom prispaudžia
esu per sunki plaukti
lyg sugriuvusi akmeninė bažnyčia
be altorių ikonų ir vitražų
ir Kristų su kraujais seniai kažkas išsinešė
turbūt todėl tas svoris liko tuščias
juodi varnai snapais vietoj vargonų
balso stygas tampo
kiauri langai ir
skersvėjis
šitas vienintelis dar likęs mano brolis
be lašo kraujo
mūsų veidai kaip du vandens lašai iš
žvakės
kuri jau sudegė
Šiąnakt nebus
Primavera primavera primavera
alyvų žiedais krito dainos garsai
spausdami mane
iki sniego patalo keterų
dangus tuomet šaukė
kur pasidėjo mėnulis
atskilęs nuo tavo nugaros linkio
aš jam rašiau atsakymą
ašarų šešėliais ant savo odos
šią naktį nebus mėnulio šviesos
nebus ir pavasario
nieko nebus
išeinu iš čia nubėgusių ašarų latakais
į savo sapnus
Primavera primavera primavera
žiedais krito garsai
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gémeos
cada uma das ondas que vem
pressiona cada vez mais forte com seus pés
sou pesada demais para nadar
como uma igreja de pedra, destruída
sem ícones de altares nem vitrais
e alguém levou Cristo sangrento há muito tempo atrás
talvez por isso o peso ficou vazio
corvos pretos com os seus bicos em vez do órgão
estão a puxar cordas vocais
janelas cheias de buracos e
corrente de ar
este é o meu único irmão
sem um pingo de sangue
as nossas caras são como duas gotas idênticas de
uma vela
que se queimou
Esta noite não será
Primavera primavera primavera
sons de música caíram como flores de lilás
empurrando-me
até ao pico do colchão de penas de neve
então o céu estava a gritar
onde é que a lua se escondeu
depois de saída da tua linha curva das costas
escrevi-lhe uma resposta
com sombras de lágrimas na minha pele
Hoje à noite não haverá luar
não haverá primavera
nada será
vou daqui aos meus sonhos
pelos canais de lágrimas caídas
Primavera primavera primavera
os sons caíram como flores
Iš lietuvių kalbos vertė Margarita Kornejeva ir Nuno Guimarães
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